Trabalhar e estudar, passear, fazer novas amizades, visitar pontos turísticos e também sentir saudade de casa. Preparar as malas, guardar o passaporte, dar um abraço bem apertado de até logo em quem amamos e embarcar para outro país. Quantas coisas acontecem e se transformam em um curto período de tempo quando decidimos fazer um intercâmbio, não é mesmo?
De acordo com a pesquisa Belta, só em 2017 cerca de 302 mil brasileiros embarcaram em busca de novas experiências em território estrangeiro. As motivações para fazer um intercâmbio são as mais variadas possíveis. Praticar um idioma, conhecer novas pessoas, ganhar confiança, desenvolver independência, melhorar o currículo e conhecer novas culturas estão entre as principais razões para viajar. A análise também aponta que existem pessoas que viajam pelo contexto político e econômico do país e até mesmo pela limitação de oportunidades para crescimento profissional.
Os motivos para viajar a gente até já descobriu. Mas quais são os critérios avaliados para escolher o destino ideal? Qualidade de vida, cotação da moeda, clima e a possibilidade de trabalhar legalmente durante o período de estudos estão entre os motivos para partir para uma aventura na gringa. Apesar do intercâmbio ainda ser visto como uma experiência para os mais jovens (13 a 22 anos), o número de brasileiros com mais de 25 anos que procuram por um intercâmbio está crescendo todos os anos.
Mas nem só de glórias vivem os intercambistas. Viajar para estudar é um investimento que requer muito planejamento. Para ampliar as experiências e diminuir os custos, trabalhar e estudar no fora durante o período de estudo é uma ótima ideia! São muitas as opções de trabalho para os brasileiros no exterior, desde serviços de atendimento ao público até estágios e trabalhos como de Au Pair para cuidar de crianças nos Estados Unidos.
Mas, afinal, em qual país posso trabalhar?
Dentre os mais de 190 países deste mundão, oito se destacam pela maior facilidade de permitir que os brasileiros trabalhem: Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Malta, Austrália, Nova Zelândia, Emirados Árabes (Dubai) e Espanha. Você pode trabalhar em restaurantes e cafeterias, em casas de família como Au Pair (Estados Unidos) ou Demi Pair (apenas na Austrália) ou na sua área de formação aqui no Brasil se já tiver um bom nível de inglês.
Nos últimos anos, a procura por intercâmbios na Austrália, Irlanda e Nova Zelândia aumentou principalmente entre os jovens com mais de 23 anos de idade. Ótimos cursos de inglês, belezas naturais, qualidade de vida, clima e permissão para trabalho são os grandes pontos positivos!
Por que devo escolher estes países?
A qualidade de vida é um critério essencial na escolha do destino para um intercâmbio, principalmente se você vai (ou tem a intenção de) morar lá por alguns meses e tem a intenção de trabalhar.
Uma pesquisa realizada pelo jornal inglês The Economist, em 2017, analisou aspectos da educação, infraestrutura, estabilidade, meio ambiente e cultura de 140 cidades e elegeu as 10 Melhores do mundo para se viver. Destas, Melbourne (1º), Adelaide (6º) e Perth (7º) estão na Austrália. A lista ainda tem uma linda cidade da Nova Zelândia, Auckland, ocupando o 8º lugar.
Trabalhar e Estudar – Austrália
Cidades lindas, praias, animais exóticos e muito sol: esta é a Austrália. O país com 24 milhões de habitantes tem um dos melhores sistemas de educação do mundo e oito universidades entre as 100 melhores do planeta. O salário mínimo é o maior do mundo e o poder de compra dos australianos é cerca de 20 vezes maior do que o dos brasileiros. As despesas médias de um intercambista giram em torno de 300 dólares australianos por semana. Para saber tudo sobre o custo de vida no país dos cangurus e coalas, é só ler este outro post do nosso blog.
Ah, o clima da Austrália é bem parecido com o do Brasil. Então, se você gosta de sol e mar, prepare-se para se apaixonar pelo destino.
Trabalhar e Estudar – Nova Zelândia
Trabalhar e estudar na Nova Zelândia é ter como cenário a trilogia “O Senhor dos Anéis”. Para quem é fã da franquia, este motivo já é suficiente para pegar o próximo avião para lá. O país tem o 9º melhor IDH do mundo e muitas opções para quem gosta de esportes radicais: foi lá que o rapel, o canoismo e a asa delta foram criados, por exemplo. O custo de vida em Auckland (a maior cidade do país) gira em torno de 250 dólares neozelandeses por semana. Ah, e tem mais! Se você ficar até três meses no país não precisa de visto, viu?
Quer mais motivos para conhecer a Nova Zelândia? Então Veja este post que preparamos para você!.
Trabalhar e Estudar – Irlanda
Único país europeu desta lista, a Irlanda também é mágica. Com a sexta melhor renda per capita do mundo, o país tem apenas 4,5 milhões de cidadãos. Além do inglês, o gaélico é a segunda língua do país e, por isso, é bastante comum encontrar placas deste idioma pelas ruas. Nos dias livres, você ainda pode aproveitar a ótima localização do país para conhecer Londres, Paris ou Bruxelas de trem ou avião. Já viu que estudar na Irlanda é um ótimo negócio, né?
Visto de trabalho – Como conseguir?
“Ok, decidi para onde quero ir. Agora, como tirar o visto para trabalhar e estudar no exterior?”. Esta é uma dúvida bem frequente entre nossos intercambistas. Pode ficar tranquilo porque preparamos um rápido passo a passo para você.
É importante entender que cada nação estabelece regras como tipo e duração de curso, tempo mínimo de permanência e carga horária de trabalho, por exemplo. Em geral, os critérios básicos para trabalhar e estudar são:
- Ter mais de 18 anos
- Ensino médio completo
- Inglês básico
Trabalho na Austrália
- Tipo e duração do curso: qualquer curso profissionalizante ou de idiomas, com no mínimo 14 semanas de duração
- Horário de trabalho: até 20 horas por semana
- Salário mínimo: 18 dólares australianos por hora (aproximadamente R$47,00)
- Visto: O visto de estudante dá o direito ao visitante de trabalhar durante o período de estudo. O visto deve ser tirado no Brasil com no mínimo 80 dias antes da viagem.
- Direitos e benefícios: todo estudante tem direito, quando acaba o curso, de ficar por mais 4 semanas no país. Nesse período ele pode viajar, continuar estudando ou trabalhar por mais 40 horas semanais
- Documentação necessária: visto de estudante, o Tax File Number (TFN) e conta bancária para receber o salário. Conheça todo passo a passo para abrir a conta e para tirar o TFN nessa matéria do nosso Blog.
Trabalho na Nova Zelândia
- Tipo e duração do curso: qualquer curso profissionalizante ou de idiomas, com no mínimo 14 semanas de duração
- Horário de trabalho: até 20 horas por semana
- Salário mínimo para estudante: 15,75 dólares neozelandeses por hora (aproximadamente R$40,00).
- Direitos e benefícios: todo estudante tem direito, quando acaba o curso, de ficar por mais 4 semanas no país. Nesse período ele pode viajar, continuar estudando ou trabalhar por mais 40 horas.
- Documentação necessária: é preciso apenas o visto de estudante
Trabalho na Irlanda
- Tipo e duração do curso: 25 a 35 semanas (6 a 8 meses de duração)
- Horário de trabalho: até 20 horas por semana
- Salário mínimo para estudantes: 9,15 euros por hora (cerca de R$38)
- Visto: Na Irlanda, o processo é um pouco diferente. O visto de estudo, por exemplo, só pode ser requisitado quando o aluno chega no país. O documento, inclusive, já permite que a pessoa trabalhe. Vale lembrar que o visto não precisa ser tirado imediatamente, a não ser que o estudante queira trabalhar a partir do primeiro dia na Irlanda. Mas lembre-se: você tem até 90 dias após a chegada no país para concluir a ação.
Documentação Irlanda
- Documentação necessária para tirar o visto: Chegando na Irlanda, você deve ir até a imigração com a carta do curso e, por meio de um extrato, comprovar que tem três mil euros em sua conta bancária do Brasil. Você também precisa ter um cartão de débito internacional, comprovantes de seguro viagem e de residência. Assim que você comprovar todos os documentos, ganhará o IRP, ou seja, a permissão de residência que será válida enquanto estiver fazendo curso. Dica: é possível fazer o agendamento dessa entrevista na imigração ainda no Brasil! Assim que você conseguir o job, o seu empregador deve solicitar o PPS, que é parecido com o PIS brasileiro!
- Direitos e benefícios do visto: O estudante tem que fazer o curso por no mínimo 25 semanas e o visto tem duração de 8 meses. Nesse tempo “livre” de estudos, a pessoa pode viajar ou trabalhar.
- Tempo de trabalho e férias: Não existe tempo fixo para tirar as férias, assim como acontece no Brasil, mas tem período certo para o estudante trabalhar: apenas entre os meses de Junho a Setembro, e/ou de 15 de dezembro a 15 de janeiro. Ah! A carga de trabalho máxima é de 40 horas semanais.
Para viajar com segurança e ter mais informações, consulte a assessoria em vistos da Experimento.
E aí, já decidiu o seu destino? Independente da sua escolha, você pode trabalhar e estudar com a Experimento através do Programa Estudo + Trabalho. Depois conte pra gente e compartilhe com seus amigos o lugar ideal para o seu intercâmbio!